Síndrome de Burnout

Introdução

Apesar de o estresse ser comum e ajudar na hora da tomada de decisão, prolongadamente pode causar sérios distúrbios, como a Síndrome de Burnout [1]. Como passei pelo problema em novembro de 2015, resolvi escrever sobre ele para alertar quanto à sua chegada furtiva. Leia, a seguir, como identificar e evitar ser acometido pela síndrome.

Conceito

A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, também chamada de síndrome do esgotamento profissional [2]. O portador da síndrome fica em estado de tensão emocional e estresse crônicos, causados por exposição prolongada a situações desgastantes [3]. Por exemplo, problemas de relacionamento, problemas no trabalho, excesso de serviço e falta de reconhecimento são alguns provocadores da síndrome [1].

Sintomas

Os mais comuns são cansaço constante, dores de cabeça e musculares, irritabilidade, perda de iniciativa [1], agressividade, isolamento, dificuldade de concentração, falta de apetite, ansiedade [3], perda de flexibilidade emocional e da capacidade de relaxar e planejar [4].

No dia a dia, é possível perceber maior isolamento, cinismo, ironia e baixa produtividade [1].

 

Estágios

Alguns estágios da síndrome podem ser verificados (nem sempre nesta ordem) [2]:

  • Necessidade de provar que é capaz
  • Dedicação intensificada e imediatismo
  • Descaso com as necessidades pessoais
  • Negação do problema
  • Supervalorização do trabalho
  • Sociabilidade praticamente zero
  • Irritabilidade
  • Despersonalização
  • Vazio interior e cansaço constante
  • Depressão
  • Colapso físico e mental

 

Tratamento

Antes de mais nada, é necessário diagnosticar o problema. Assim, deve-se procurar um especialista e fazer exames psicológicos [1].

Como o descaso com as próprias necessidades se torna constante (já que o trabalho é o hiperfoco), a qualidade de vida fica prejudicada. Depois de confirmar o problema, para se sentir bem novamente, é necessário voltar a cuidar da saúde, dormir, alimentar-se bem, praticar exercícios e manter uma vida social ativa [5]. Além disso, terapia pode ajudar [1].

 

Conclusão

Em um mundo competitivo como o atual, não é raro que o trabalho tenha a tendência a se tornar mais importante que o próprio bem-estar. Entretanto, não somos máquinas para aguentar constante trabalho físico ou mental. A vida é muito mais que trabalhar, além de ser repleta de pessoas importantes, que amam e precisam ser amadas. Trocá-las pelo trabalho não faz delas mais felizes e não faz bem para psique alguma. Trate de cuidar bem de si e de suas relações humanas para viver uma vida feliz e equilibrada. Seu desempenho no trabalho será muito beneficiado pela sua saúde física, mental e emocional.


E você? Como tem se cuidado? Já sentiu algum dos sintomas? Tem algum conselho? Deixe um comentário para aumentarmos nosso entendimento do assunto!

 

 

Referências

 [1] SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA – ALBERT EINSTEIN. Síndrome de Burnout. Disponível em: http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/sindrome-de-burnout.aspx. Acesso em 23 de novembro de 2015.

[2] SÍNDROME de Burnout. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Síndrome_de_burnout> Acesso em 23 de novembro de 2015.

[3] DRAUZIO VARELLA. Síndrome de Burnout. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/letras/b/sindrome-de-burnout/. Acesso em 23 de novembro de 2015.

[4] FERRARI, Juliana Spinelli. “Síndrome de Burnout”; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/psicologia/sindrome-burnout.htm>. Acesso em 23 de novembro de 2015.

[5] UNIDADE INTERMEDIÁRIA DE CRISE E APOIO À VIDA – UNIICA. Síndrome de Burnout: A Doença do Esgotamento Profissional. Disponível em: http://www.uniica.com.br/orientacoes/sindrome-de-burnout-a-doenca-do-esgotamento-profissional/. Acesso em 23 de novembro de 2015.

31 comentários sobre “Síndrome de Burnout

  1. Caro amigo Palhão, Parabéns pelo seu texto e pela clareza como transmite um problema sério da Sociedade atual.
    Infelizmente é um problema de saúde mental que, ao longo da nossa vida, afeta muitos de nós.
    Nos Estados Unidos mais de um em cada dois Americanos (57,4%) sofrem de problemas de saúde mental (incluindo o Burnout), ao longo da vida.
    Não nos devemos considerar os culpados por estes acontecimentos, mas ganhar as resistências e a resiliência para vencer as várias crises em que a Sociedade Global está mergulhada.
    Se nós quisermos, estes problemas poderão ser resolvidos com respeito pelo Ser Humano e seus Valores.
    Bem-haja pela publicação do seu texto. Espero que o meu texto ajude os internautas a avaliarem a dimensão dos problemas da saúde mental no mundo atual, que estão a ser causados a TODA a Humanidade, para beneficio de alguns.
    Um abraço amigo

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    1. Que bom que gostou do texto.

      Senti-me na obrigação de compartilhar, pois não foi fácil diagnosticar o problema.
      Eu simplesmente estava o tempo todo cansado e dormir não resolvia o problema.

      Se achar interessante, fique à vontade para republicar o texto, ok?

      Abraço.

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  2. Também tive a impressão de ter passado por isso – ou perto disso – tanto que estive a ponto de pedir as contas, sem ter nada em vista. O único ânimo que eu tinha era o de chutar o balde, mas bem longe, tipo o chute do Roberto Baggio, rs.

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  3. Excelente post.
    Também conheci muito bem este “sujeito” em abril do ano passado. Foi-se acentuando com o luto após a morte do meu pai com mieloma múltiplo e a falta de suficientes mãos amigas na Escola. Eu e a minha mãe vivemos períodos horríveis, sendo também ela doente oncológica, vendo o meu pai apodrecer, entre tantas outras coisas que não quero recordar.
    Já tinha tido burnout uma vez. Quando, pela 1.ª vez trabalhei com a violação de uma menor, sem o apoio dos órgãos competentes. Fui ameaçado de morte mas isso pouco significado teve. Os casos de adolescentes problemáticos e com deficiências eram tantos e a minha capacidade de resposta tão pouca, em meu entender, que acabei por “desligar”. Superar esta etapa foi muito difícil. A medicação levou-me a adquirir uns Kg que não mais consegui perder.
    No ano passado, julgava estar preparado para detetar esta síndrome caso reaparecesse. Tal não aconteceu. De mim, saiu um cão furioso para quem me magoasse ou antes que o fizesse. Curiosamente, o limite surgiu com um trabalho que desenvolvi, não foi reconhecido nem referido pela diretora da Escola. Como é que alguém podia fazer isso com quem esteve durante 1 semana de férias a desenvolvê-lo? Entrei em ebulição.
    Aprendi. Ebulição para quê? Não reconhecem? Preferem os bajuladores? Que assim seja. Estejamos nós bem com a nossa alma.

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  4. The value systems man has erected in this earthly plane which we measure ourselves against, which unfortunately we accept towards validating us, all contradict the needs of the soul. We don’t know that only what the Soul needs is important. I know this sounds religious, but I’m more concerned with Truth. However it is true that we, in our state of requiring value to substitute the True Value of the Life God which is absented from us, have dressed up the truth in the Guise of Religion in order to reduce our anxiety in reference to our Innate Voidedness. So considering a Biblical Psychology, we are a conflicted creation. On the one hand denying our condition creating the ruse our our imagined values, and so the soul of man is at odds against the Truth.
    The symptoms, IE the response of Burn Out is inevitable because the truth will out.
    Evens sickness, disease is trying to speak to us about the silliness in us humans to put value on Lies, the lies we perpetuate as to holding what has value, prioritizing the temporal.
    Thank you Mr. Palhao for this informative post.

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  5. Estou com todos esses sintomas.
    A vontade de largar tudo e nunca mais aparecer no banco é a maior de todas.
    Não tenho a menor vontade de me socializar com as pessoas.
    Ir para o trabalho eh um verdadeiro pesadelo.
    Taquicardia, desespero, irritação, isolamento, o lado direito do meu rosto, outro dia, começou a formigar, dores de cabeça constantes….
    Você procurou ajuda de psiquiatra ou psicólogo?

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  6. Olá, Lucas.

    Sim, eu tive uma burnout e também procurei ajuda.
    Após passado o susto havia permanecido no emprego, no entanto nada mais era a mesma coisa o encanto já havia acabado e haviam muito mais contras que prós.
    Mas o importante é acreditar em si mesmo e poder contar com a ajuda de pessoas queridas.
    Você tem tantos posts antigos interessantes. Nunca pensou em ir reciclando eles, digo, reblogando um a cada semana para os teus novos seguidores?

    Um abraço,
    Melissa W.

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