Quarta-Feira Criativa S03E05

Como vão de festas de fim de ano, pessoal?

Espero que estejam todos bem e com muita disposição para participar de mais uma Quarta-Feira Criativa!

O regulamento pode ser acessado no link a seguir:

https://lucaspalhao.wordpress.com/2016/08/17/regulamento-da-terceira-temporada-do-projeto-quarta-feira-criativa/

Em resumo, veja a figura a seguir e escreva um microconto de 500 a 2000 toques (caracteres com espaços) conectando as três figuras nos dados da imagem a seguir. Então, publique-o nos comentários desse post e diga se autoriza que ele seja republicado na antologia digital ao final do projeto.

De preferência, não leia meu microconto antes de escrever o seu para não ser influenciado 🙂

Os episódios anteriores podem ser vistos nos links a seguir:

https://lucaspalhao.wordpress.com/2016/08/24/quarta-feira-criativa-s03e01/

https://lucaspalhao.wordpress.com/2016/08/31/quarta-feira-criativa-s03e02/

https://lucaspalhao.wordpress.com/2016/09/07/quarta-feira-criativa-s03e03/

https://lucaspalhao.wordpress.com/2016/12/21/quarta-feira-criativa-s03e04/

Espero que gostem!

quarta_s03e05

Eu sou Shival, um lacaio sem mestre. Na nossa cultura, somos armados com lanças e servimos a um amo. Com nossas vidas, se necessário. Mas eu falhei com meu mestre.

Minha vergonha me deveria ter feito cometer suicídio, porém as circunstâncias da morte do meu senhor, em nossa batalha contra Korim, o mago temível, me deram uma grande vantagem: quando perfurei o inimigo com minha lança, ela se tornou abascantada. Significa que minha arma ficou imune a magias.

Escapei com vida meramente por não ser o alvo do mago. E criei um imenso ódio dentro de mim contra essa classe que me tirou o amo.

Passei a viajar o mundo, assassinando qualquer mago que eu encontrasse no caminho. Minha lança permitia que eu me defendesse de suas magias e um ataque bastava para tirar a vida desses seres de constituição prejudicada. Aparentemente, os estudos de magia não deixavam muito tempo para exercícios físicos, tornando-os muito frágeis.

Um dia, encontrei um mago diferente. Ele vestia uma túnica negra e tinha uma aura que combinava com sua veste. Quando vislumbrei seu rosto, notei que era branco como a neve, porém escurecido ao redor dos olhos. Tive dificuldade de defletir os ataques dele, pois eram todos mentais. Tentavam me causar medo, dúvida e, até mesmo, me controlar. Era um oponente admirável, diferente das dezenas que eu havia enfrentado antes. Por fim, quando atravessei seu peito com minha lança, achei digno perguntar seu nome.

— Terial — ele respondeu. Era o nome do meu mestre. Teria eu sido responsável pela sua morte mais uma vez?

25 comentários sobre “Quarta-Feira Criativa S03E05

  1. bom dia, Lucas.
    não leva a mal eu perguntar se, uma das figura, é uma varinha com estrelas? não consigo vislumbrar corretamente. os dados parecem-me uma seta, uma varinha com estrelas, e ainda um pedaço de um mapa, será?
    muito obrigada,
    Mia

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    1. Sim!
      A varinha com as estrelas por ser uma varinha mágica, ou você pode usar apenas magia ou mágica no seu microconto.
      Também pode ser um mapa, ou o mundo.
      E, sim, o outro é uma seta!
      Abraço e obrigado pelo interesse 🙂

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  2. Destino e Nobreza

    Lembro bem o dia em que estava a bordo de um navio e costumava ir ao convés pra ficar olhando o horizonte, pensando mil coisas, pensando até no meu privilégio de ali estar, naquela hora, vendo o que via. De repente um pássaro me chamou a atenção, ele apareceu assim do nada e estava ali só, na dele. Ele não veio com o navio e também não ia pousar nele, estava apenas de passagem, seguindo na linha do mar. É uma imagem bonita: o pássaro solitário, sereno; o mar imenso, eterno; o céu complacente, envolvente; o sol companheiro, imponente… e nada mais. Tudo estaria perfeito se eu parasse por aí, mas (ó herança maldita), eis que me vem à mente outra visão: ocorreu que o pássaro não teria com quem dividir angústias e sentiria o peso da solidão, o mar infinito não ofereceria o conforto do repouso, o céu poderia se revoltar em fúria e o sol cruel e impassível… bom, enfim, o que antes era belo e majestoso agora me enchia de medo e angústia, sim nessa hora, eu era o pássaro. Isso, porém, não durou mais que uma fração de tempo, o pássaro, indiferente ao meu drama, continuou sua jornada, seguindo em busca do seu destino, não se importando com nada a sua volta, muito menos comigo. Aí esta a beleza da vida simples, o pássaro fazia o que tinha que fazer. E nesse momento eu rendi graças ao Criador, pela sua sabedoria em me criar com essa natureza ambígua, enquanto a alma (eterna) deleitava-se, a carne (sensível) temia. Não tive outra opção a não ser admirar a criatura que, mesmo agindo por intuição, me deu uma lição de sabedoria e nobreza. Nós somos para o que nascemos e não o contrário, fugir disso é viver em constante frustração, ainda que existam os que suportam tal fardo. A razão nada mais é que fruto da capacidade de raciocínio e nosso verdadeiro dom é a Fé que nos move.

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      1. Olá Lucas, saudações, preciso parabeniza-lo pela brilhante iniciativa, dedicação e oportunidade que proporciona aos novos escritores. Espero que tenhas gostado do meu texto “Destino e Nobreza”, essa história, assim como outras, faz parte de uma coletânea que reuni “A Complicada Vida Simples” e que pretendo um dia publicar. Meu blogue se chama “Abobrinhas e o que vier” no blogger. Agradeço novamente pela projeção e peço que a publique com o pseudônimo de Pio Cândido.
        Abraços e sucesso.

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  3. Procura-se Um Lugar Pra Ser Feliz

    — “Essa bixiga!” — Entrara esbravejando em casa Marcos, era a terceira vez que fora assaltado no mês. Fazia seis meses que ele estava desempregado, foi aquela a gota d’água.

    Estava Marcos determinado em sair daquela cidade, rumar pelo mundo, sair do país pra qualquer lugar onde ele pudesse ter trabalho e sossego, e uma boa morada, não importando a direção em que a seta de seu destino o guiasse.

    Com esforço, poupou Marcos algum dinheiro, raspou as poucas economias no banco, vendera as escassas posses que tinha… E tal mágica, conseguira ele se aventurar em seu intento.

    Após tempos penuriosos, em terras estrangeiras, o insatisfeito homem vira a fome, a guerra e outras mazelas. Viu ele quem se dizia superior pensar como há séculos atrás.

    Já não queria Marcos sair da cidade onde morava. Queria Marcos fugir pra outro planeta (se assim pudesse).

    (Autorizo o conto para publicação, mediante citação da autoria)

    Autor: Luiz Batista

    Perfil no Face: http://zip.net/bntFkT

    Desde já, agradecido pela oportunidade.

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  4. Beijo roubado

    “Siga por ali… Não, não, por ali!! Esquerda, Bia, pra lá…” A voz do passageiro era um pouco impaciente e grosseira, mas a motorista de cabelos louros ignorou as emoções e se concentrou em virar na saída indicada, mesmo que bruscamente. Ela riu quando viu, de esguelha, Jorge se chocar contra a porta do carro. Uma buzinada nervosa depois (de um carro esporte qualquer) ele voltou a se pronunciar.

    “Oh, claro, sim, ria mesmo da única pessoa que acreditou nessa… Nessa maluquice toda e que ainda te serve de GPS ambulante. Você se tornou uma ingrata, isso sim.” Ele continuou a resmungar, mas ela riu mais alto e se desligou. Os olhos corriam pelas casas que se tornavam mais afastadas e menos enfeitadas. Em seu coração, tinha a sensação de estar percorrendo o mundo, apesar de estar apenas indo em direção a outra cidade. Era antes uma pontinha de esperança, que agora havia se tornado um mar de ansiedade; as ondas batendo mais e mais fortes em seu peito. Seu coração era um navio que, pela primeira vez, tinha destino marcado.

    “Você não pode seguir reto, BEATRIZ!” O berro desesperado do seu companheiro a despertou do devaneio e ela freou como instinto. Por sorte, não haviam carros atrás. “Não vê a seta, ali? Proibido seguir reto. Que ótimo! Não consegue usar sua… sua magia, ou seja lá o que isso for, pra prestar atenção em um caminho? De que serve ser superpoderosa e simplesmente não…” Foi interrompido pela cabeleira clara que se aproximou e encostou os lábios nos dele.

    Mesmo que não tivesse poderes, poderia sentir a surpresa regendo os músculos de Jorge. E então, a aceitação trouxe calmaria e um encaixe perfeito. Ela sorriu. Ele também. Separaram-se, e ela ergueu uma sobrancelha. “Se fizer isso toda vez que quase errar o caminho, posso até te perdoar.” Animado, ele respondeu. “Mas eu ainda vou dirigir da próxima vez.” Ela riu mais uma vez, e o coração saltitou feliz. Teriam tempo para mais disso depois, mas, agora, era hora de desbravar o mundo.

    Autora: Giovanna Cuzziol.
    Prateleira de Vidro (https://prateleiradevidro.wordpress.com/)
    publicação autorizada

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    1. Olá, Giovanna!

      Apenas pra tirar a dúvida: você começou assinando Giovanna C. Longo e, agora, está usando Giovanna Cuzziol.

      Qual deles você gostaria de manter na assinatura do texto?

      Grato,
      Lucas Palhão

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  5. O Aprendiz de Feiticeiro

    Meu nome é Baltazar Zacariah. Sou o aprendiz de Alberick, um grande mago, dono do Castelo das Montanhas Solitárias. Eu morava nas ruas quando meu mestre me acolheu. Meus pais e meus irmãozinhos haviam sido mortos por Demônios da Floresta e eu estava a beira da morte em um beco cheio de ratos da Cidade da Seta. Meu mestre me tirou dali e cuidou de mim. Desde então eu sirvo a ele com a minha vida. Um dia pretendo ser tão poderoso quanto ele e viajar pelo mundo. Mas por enquanto eu moro no porão e lavo os corredores do castelo…

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  6. Tírulo: Direita e Esquerda
    Enfim chegou o momento final para o planeta e raça humana, mas não vamos nos ater nele por enquanto. Vamos lembrar que o fim do mundo tinha começado como um dia normal. O sol nasceu, as pessoas acordaram e foram trabalhar. As padarias fizeram pão quente. As garrafas térmicas com café estavam cheias. Havia discussões políticas como sempre. Tudo foi passando e acabando junto com o rodar dos relógios.
    Quando o sol atingiu o ponto mais alto do céu, pelo menos no Brasil, foi possível enxergar a bola de fogo que se aproximava. Gigantesca e impiedosa ela queimava os céus, nuvens e tudo o mais. Milhares de pessoas estenderam seus braços e apontaram para o céu. Não era possível saber se queriam que algum Deus as levasse ou se queriam avisar os demais.
    No final das contas não existia mágica para salvar o planeta ou os humanos. Na nossa trilha não existia caminho para cima ou para baixo, somente a bifurcação com seta para esquerda, ou com a seta para a direita. Se as pessoas soubessem que qualquer um dos caminhos levava ao mesmo lugar, elas tivessem concordado mais e vivido uma vida um pouco mais feliz.

    (Autorizo o conto para publicação, mediante citação da autoria)
    Facebook: https://www.facebook.com/evandro.gaffuri

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  7. Título: Turma de 97
    –Fazia vinte anos que não via aquelas pessoas. Era o encontro da turma do terceiro ano. Não deveria ter ido, minha vida naquela escola foi uma bosta! Rafael, um dos garotos que me apelidou de bolha de espinha, possuía agora uma loja de carros e sua esposa era bem bonita. Bruno, que me espancou duas vezes, era um engenheiro renomado. Ana era legal, porém leu minha carta de amor na frente de todo mundo! Agora ela era uma professora importante de uma faculdade. E eu? Eu sou apenas merda perto deles. Isso me irritou! Aquelas pessoas que pisaram em mim estavam felizes e eu não! Por isso peguei aquela arma e…. bem… O resto vocês já sabem.

    Facebook: https://www.facebook.com/kayo.augustos
    Página de Minicontos: https://www.facebook.com/FolhasMacabras/
    (Caso seja selecionado, por favor divulgar a página).
    Autorizo o conto para publicação, mediante citação da autoria

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