Quarta-Feira Criativa S02E09 (16/03/16)

Exercitar sua criatividade com ajuda da Quarta-Feira Criativa é muito fácil:

  1. Escreva um microconto de 500 a 1500 caracteres (contando os espaços) conectando as três imagens dos dados da imagem a seguir;
  2. Dê um título, assine com o nome que deseja publicar e coloque um blog ou site pessoal para divulgação;
  3. Indique se permite a republicação do microconto em uma antologia na Amazon ao final das 10 Quartas-Feiras Criativas da temporada.

Pronto! Sua criatividade agradece o esforço e a comunidade agradece por você ter compartilhado um microconto.

A imagem está a seguir. Talvez você queira escrever o seu microconto antes de ler o meu após a figura. Evita que você “contamine” seu microconto 🙂

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Eu gostava muito de jogar papo fora com o Breno. Somos amigos desde a época da faculdade mas, hoje, trabalhando em empresas diferentes, é difícil nos encontrarmos. Acho impressionante o dom que ele tem de falar sobre qualquer coisa. E com uma certeza capaz de convencer qualquer leigo de que ele é especialista em tudo o que fala a respeito.

Estávamos outra vez no nosso café favorito, onde havia um croissant delicioso, e ele me contava de sua última paixonite, enquanto fuçava o conteúdo de sua inseparável mochila. Dissertava sobre todas as técnicas de programação neurolinguística que usaria para conquistar o interesse dela. Ele interpretaria alguém levemente convencido, mas bem-humorado.

Resolvi, mais uma vez, perguntar qual era a fonte de tanto “conhecimento” sobre as coisas, mesmo que até hoje não tenha obtido uma resposta verdadeira. Breno disse:

— Mas é claro que são os videogames! Você não aprende nada com eles?
— Hahahaha! – gargalhei tão alto que todos no café olharam para mim. Enrubesci. Nesse momento, fui capaz de ver algo dentro de sua mochila enquanto ele a fechava. Havia mais de um livro sobre seu último assunto.

“Livros são mesmo a fonte do conhecimento. Pena que são cada vez mais raros ultimamente…” – pensei, enquanto meu rosto voltava ao normal.

25 comentários sobre “Quarta-Feira Criativa S02E09 (16/03/16)

  1. Oásis dos Sonhos

    Isaac era um garoto meio aventureiro; sua infância não havia sido nada fácil, pois, como filho de um pastor de ovelhas nos desertos do Egito, seu tempo, até os 12 anos de idade, foi preenchido no auxílio junto ao ofício do pai. Apesar de realizar com dedicação a tarefa recebida, tinha alguns sonhos “guardados” em sua mente. O maior deles era conhecer os desertos Árabes do qual havia lido uma bela história, dois anos antes, em um livro encontrado nas coisas do saudoso avô. O sonho tornaria-se real quando, em uma visita de uma equipe de reportagem ao local em que vivia, ele, após muito insistir com os pais, conseguiu permissão para ir a busca de seus ideias de vida. A mãe ficara chorando a partida do filho, o pai, mais sereno, conseguia esconder toda a saudade do filho mais velho. Chegando a Arábia, Isaac não se deparou com o encanto que lera no livro do avô, mas com paisagens quase iguais a que vivia. Poderia ter retornado a sua pátria, já que o pai lhe tinha dado algum dinheiro para isso. Mas resolveu ficar naquele que seria seu “novo mundo”. Ali, após algum tempo realizando o mesmo trabalho que antes, conseguiu comprar algumas ovelhas para si próprio. Sua morada, durante algum tempo, foi uma barraca que construíra. Com o passar do tempo, devido sua visão futurista e vendo que o local dava acesso a muitos outros lugares, servindo de via para muitos passantes diariamente, montara uma pequena lanchonete do lugar, com produtos adquiridos na cidade mais próxima, há 300 quilômetros. O negócio deu tão certo que, poucos anos depois, ele já construíra uma grande pousada no mesmo local para onde trouxe toda a família que passara a trabalhar ali dentro. Logo na entrada construíra uma linda fonte de águas frescas extraídas de um poço que contribuiu para o maior desenvolvimento do empreendimento que se tornou conhecido internacionalmente. Na fachada, lia-se a inscrição em letras prateadas: Bem Vindo ao Oásis dos Sonhos.

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  2. Boa noite, Lucas. Parabéns pelo seu microconto.
    Essa semana consegui produzir um.
    Abraço, caro amigo.

    Segue abaixo o meu:

    _________________________________________________________

    O golaço que não foi gol

    1970. Brasil X Uruguai. Em campo, Pelé! Tostão recebe a bola próximo do meio-campo. Carrega-a e, com uma visão raio-x, percebe a infiltração de Pelé. Lança ela rasteira. Sabe que ele vai chegar a tempo. Um cálculo mental que necessita da perfeição no uso da força aplicado à bola, esta não pode correr muito nem pouco. Instantes antes, Tostão e Pelé perceberam a brecha na zaga. O problema é que o goleiro notou-a e foi na intenção de preenchê-la. Sai do gol e até da grande área, dá de frente com Pelé e a bola que corre para a direita. Mas o cérebro de um jogador fora de série com instintos sobrenaturais desenha soluções aos problemas em milésimos de segundo. Pela sua inclinação produzida na corrida, não haveria como parar e ir para a direita sem que a jogada se perdesse. Finge, então, conduzir a bola enquanto corre, mas deixa ela passar e vai na direção contrária. O goleiro está desnorteado, não sabe se segue a bola ou Pelé. Tenta mesmo a falta. O rei já está metros à frente. Tentando reconduzir o corpo na direção da bola. Encurtou a distância pelo raciocínio rápido e o físico privilegiado. Chega a ela com disposição e velocidade absurdas. Nesse momento, um zagueiro está indo à linha do gol. Pelé está quase de costas para onde deve chutar, a bola foi muito na direção contrária e seu corpo do mesmo modo. Ele gira, chuta e cai. Buscou o canto esquerdo pra se livrar do zagueiro. Não houve gol, mas foi um golaço. Tema principal de Livro. E é lembrado até hoje.

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  3. Lucas, muito bom o tema dessa semana, tanto que surgiram muitas inspirações e eu tive que escolher só uma delas. 😦 haha
    Parabéns pelo seu conto! 🙂
    Segue o meu:
    O Livro do Futuro (por: Jóice D´Aviz)

    Na cidade foi anunciado, que quem quisesse descobri sobre o seu futuro era só ir até a “Casa da Cultura”, em um domingo as duas da tarde. Eu, curiosa , resolvi ir lá para ver se era mesmo verdade.

    Organizaram um semicírculo e um homem contou a uma história, dizendo que quando tinha sete anos havia uma “fonte milagrosa” em sua cidade e que ele foi presenteado com o dom de prever o futuro. Diante disso, ele lançou um livro, que tinha as páginas brancas e a mensagem seria revelada àquele que lesse. Assim, a pessoa que comprasse o livro poderia descobrir o seu futuro mesmo que ele não estivesse por perto. Ele propõe que apontará para qualquer um da “plateia” e o escolhido deverá ler o que é dito sobre o seu futuro.

    Todo ficam ansiosos, inclusive eu. Obviamente, temendo que eu seja a escolhida. Então, aponta para um senhor negro de bengala. Ele entrega o livro na mão dele e diz:

    — Leia em voz alta, o que “o livro do futuro”, diz para você.

    O homem, com a voz rouca, reponde:

    — Você foi uma pessoa muito ruim, cometeu muitas atrocidades na vida, matou, traiu, enganou. O que lhe aguarda é triste e irremediável.

    Ele aponta para mim e diz:

    — Agora é a sua vez!

    Torço mentalmente, para que o meu futuro seja bom. Abro o livro de olhos fechados e quando finalmente vou ler e descobrir sobre o meu futuro, ouço uma mulher de voz grossa me chamando.

    — Janaína!

    Poxa, logo agora! Me enfureço, fecho o livro.

    Ouço minha mãe:

    — Janaína, acorde! Seu namorado está te chamando.

    P.s.: Eu autorizo que republique o meu microconto, com o link do blog.
    P.s²: Eu coloquei um Bônus do conto lá no blog: https://feitobailarina.wordpress.com/2016/03/21/quarta-feira-criativa-16032016/

    Abraço, tenha uma ótima semana. ❤

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  4. Isso é um modo fresco do dizer está sendo assistido. “tudo no café olhado para mim” eu posso usar isto – é tanto divertido descobrir como outros frase as palavras deles/delas.
    I am glad we have become friends. Thanks for teaching me so much.
    fiddledeedeebooks.wordpress.com

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  5. Bonsoir
    Je viens te chanter un air d’amitié
    Celui-ci ,je l’ai écouté et je viens te le fredonner

    TITRE
    Mon chant d’amitié
    Celui sait transformé en une douce mélodie
    Dans ses mots on pouvait entendre le refrain


    Belle soirée à toi et ta famille

    Une belle semaine
    avec une bise de douceur
    Bernard

    Curtido por 1 pessoa

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