Churrasco

Comer para viver ou viver para comer?

Dizem que somos o que comemos. Ainda bem que isso não significa que não podemos comer jiló, ou ficaremos amargos, ou que comer a fruta favorita dos macacos possa fazer de nós uns bananas. Mas, infelizmente, também não quer dizer que comer a sobremesa mais gostosa do mundo nos tornaria pessoas mais doces.

Então, o que isso significa? Eu interpreto essa questão de um ponto de vista psicológico: se você é capaz de comer do que não gosta, pois sabe que lhe fará bem, então você também é capaz de fazer algo que não gosta pelo mesmo motivo; mas, se você mima sua alimentação, também é provável que se dê recompensas pelos motivos errados.

Em tempos de ansiedade, cada um usa seu mecanismo para não enlouquecer. Entretanto, alguns deles, como comer, têm efeitos físicos bem notáveis. Não creio que seja boa ideia exagerar na gordura e no açúcar para esquecer do que lhe incomoda. Insisto na substituição de pensamentos. Quando o desespero se aproximar, mude de assunto. Procure algo para fazer (e não para comer!). Claro, falar é muito fácil, mas trata-se de uma habilidade treinável.

Talvez, você esteja cometendo o pecado de se amar demais. Assim, pensa que, como o dia foi duro, você merece um docinho. Ou então, que você está satisfeito com seu desempenho em uma aula complicada, e que um salgadinho cairia bem para comemorar. Isso até faz sentido pois, já que se ama tanto, comendo assim, haverá mais de você para amar. Certo?

Porém, lembre-se que com mais comida vem mais lixo. Principalmente, quando se trata de alimentação rápida. Uma lasanha de microondas aqui, uma pizza preassada ali, uma bebidazinha para acompanhar, e lá se vai um saco de lixo cheio para fora de casa.

É interessante ter consciência das ações. Ao não deixar que as coisas fiquem automáticas, estamos exercitando o cérebro, prestando atenção ao nosso entorno. Sabendo de que nutrientes você precisa, e o que cada alimento contém, somos capazes de deliberar por uma alimentação melhor. Assim, não comeremos por ansiedade, porque a comida tem bom aspecto, porque cheira bem, porque está chovendo, porque se está triste, porque um filme pede uma pipoquinha, porque seu time perdeu, ou porque hoje é sexta…

E você? Come para viver ou vive para comer?

4 comentários sobre “Comer para viver ou viver para comer?

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